Unidade 5

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Ambiente e-proinfo
 

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Guia do Cursista




Unidade 5

Cooperação (ou interação) na rede?

Objetivos de aprendizagem desta Unidade de Estudo e Prática

*      Refletir a contribuição das redes digitais para a promoção de processos cooperativos de trabalho  e aprendizagem.
*      Compreender a estruturação e o alcance social  das ferramentas veiculação de conteúdo digital, refletindo sobre suas contribuições na elaboração de novas práticas pedagógica.
*      Habilitar-se a incluir a postagens de vídeos no seu Blog.



A era das navegações (digitais)

No final da década de 90, a web ainda não fazia parte do contexto da maior parte das escolas. Naquela época, as fontes de pesquisa restringiam-se ao material disponível no contexto local. Assim, os estudantes tinham como referência os livros disponíveis na biblioteca escolar, familiar (muitas famílias tinham coleções de enciclopédias em casa) ou pública. As informações eram restritas e o professor tinha papel central como detentor de informações.

A difusão da web revolucionou esse processo, pois a cooperação para a construção e partilha de saberes tomou uma dimensão global! A produção e atualização de informações passaram a crescer de forma explosiva, nunca antes conhecida na história da humanidade. As informações das enciclopédias impressas se tornaram, em grande parte, obsoletas por não contarem com a atualização contínua, que é típica do meio digital. As mudanças são tão profundas que inúmeros autores estudam o fenômeno da então denominada Sociedade da Informação ou Sociedade do Conhecimento.

O computador vai substituir o professor?

O diálogo que vou propor nesta coluna é sobre a escola. Acho que precisamos conversar sobre isso. A Internet está trazendo consigo um novo modelo de educação, uma forma diferente de aprendizagem, e precisamos entendê-lo, apropriar-nos disso, ser protagonistas da mudança.

Precisamos conversar principalmente porque a existência dessa grande rede nos faz pensar na escola que temos, ainda tão fechada, limitada, desconectada do mundo, da vida do aluno; ainda tão distante da realidade de imagens, sons, cores e palavras em hipermídia que constitui a nossa vida hoje.

Precisamos conversar sobre nossos sonhos para a escola, pois, se vocês não sabem, há séculos, nós, pedagogos, acumulamos sonhos sobre a sala de aula. Ivan Illich sonhava com uma educação que não fosse limitada às instituições, que formalizam tudo. Jean-Jacques Rousseau pensava numa escola que não corrompesse o homem, deixando simplesmente vir à tona o que temos de melhor. Jean Piaget queria que os níveis mentais fossem respeitados, sem pular etapas, para que não tivéssemos que aprender aos saltos, ou decorar o que não entendemos. Freinet sonhava com uma escola que permitisse o prazer, a aprendizagem agradável e divertida. Paulo Freire sonhava com um lugar em que o saber do aluno fosse valorizado, onde a relação vivida nas aulas fosse o ponto de partida para uma grande transformação do mundo. Goleman escreve sobre uma escola que permita desenvolver o lado emocional, que tenha espaço para as artes, a música, as coisas que, enfim, nos fazem mais humanos.

Mas não soubemos concretizar muitos desses sonhos. Talvez ainda não tivemos tempo, porque era preciso primeiro preparar aulas, corrigir provas, anotar no quadro e nos cadernos tantas e tantas explicações.

De repente, a tecnologia entra na escola e nos obriga a recuperar tudo isso. A presença da máquina leva todo professor a se perguntar: como é a minha aula? Do que decorre: será que o professor vai ser substituído pelo computador? E sabemos que a resposta é sim, não temos a menor dúvida.

Explico: é que o pior de nós vai ser substituído.

A nossa pior aula, o lado repetitivo, burocrático e por vezes até acomodado da escola, esse vamos deixar para o computador. Ele saberá transformar nossas exposições maçantes em aulas multimídia interativas, em hipertextos fascinantes, em telas coloridas e interfaces amigáveis preparadas para a construção do saber. Então poderemos, finalmente, ficar com a melhor parte, aquela para a qual não nos sobrava tempo, porque pensávamos que devíamos transmitir conhecimentos.

Vamos receber de herança os sonhos de todas as outras gerações, redimi-los realizando tudo o que não puderam conhecer. Agora sim, está em nossas mãos a derrubada dos muros para fazer conexões com o mundo, a criação do espaço para a arte e a poesia, o tempo para o diálogo amigo, o trabalho cooperativo, a discussão coletiva, a partilha dos sentidos. Está em nossas mãos a construção de uma escola mais feliz, feita por mestres e alunos que saibam, juntos, propor links e janelas para a sala de aula, onde aprender não seja uma tarefa árdua e penosa, mas sim uma aventura.

Então será preciso que cada mestre se despeça da figura de professor transmissor de conteúdos que há em si mesmo, e que os alunos abandonem seu papel de receptores passivos. Isso é o pior de todos nós, não nos daremos mais a conhecer assim.

Vamos tentar construir juntos algo novo. É claro que nós, professores, vamos precisar de ajuda: os alunos saberão nos dizer como fazer. Será que eles aceitam ser nossos mestres? Acho que sim, é só por este próximo milênio. Nessa nova sala de aula, na verdade todos serão mestres.

E, curiosamente, a gente vai aprender como nunca.

Andrea Cecilia Ramal
Andrea Cecilia Ramal (2000) destaca no texto anterior que é inútil tentar concorrer com a quantidade e qualidade de informações disponível na Internet. E nós já sabemos que também não podemos simplesmente ignorar a sua existência. A mesma autora, em outro artigo, “Ler e escrever na cultura digital” já mencionado na Unidade 2, avança ainda mais na busca da compreensão do novo papel do professor neste momento tão especial que vivemos. Ao final do seu artigo, ela afirma que precisamos reinventar a nossa profissão e articula sua proposta com os três eixos de conteúdos apontados pelos nossos PCNs: conceituais, procedimentais e atitudinais. A autora então propõe que um professor deve atuar:

“Nos conteúdos conceituais, como arquiteto cognitivo, responsável por traçar as estratégias e definir os métodos mais adequados para que o aluno chegue a uma construção ativa do conhecimento; nos conteúdos procedimentais, como dinamizador de grupos, ao ajudar os estudantes a descobrirem as formas pelas quais se chega ao saber, os processos mais eficazes e o diálogo possível entre as disciplinas, gerenciando uma sala de aula na qual os estudantes, com suas diversas competências, dialogam com respeito entre si e estabelecem parcerias produtivas; e, nos conteúdos atitudinais, como educador, comprometendo-se com o desafio de estimular a consciência crítica para que todos os recursos desse novo mundo sejam utilizados a serviço da construção de uma humanidade também nova, com base nos critérios de justiça social e respeito à dignidade humana.” (RAMAL, 2000, p. 08).

A autora nos conclama ao maior dos nossos desafios, que será o da construção de uma pedagogia baseada na abertura para o outro, reconhecendo a sua importância e privilegiando a reciprocidade, a pluralidade das vozes que constroem o sentido da nossa existência comum. Nas palavras da autora:

“(...) A escola da cibercultura pode tornar-se o espaço de todas as vozes, todas as falas e todos os textos. O desafio mais instigante é o do professor, que pode finalmente reinventar-se como alguém que vem dialogar e criar as condições necessárias para que todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas.” (RAMAL, 2000, p. 09).




   Atividades do encontro:

Atividade 5.1

Fórum:
Após as leituras no ambiente reflita e comente as  questões abaixo e também às postagens dos colegas.
Questões:
• O que caracteriza a sociedade atualmente está em consonância com o termo “Sociedade da Informação”?
• Será que o computador irá substituir o professor?
• Qual o papel do professor nesse novo contexto informacional?


Sugestões de sites cooperativos:
Vídeos Youtube:
http://www.youtube.com/ Enciclopédia Livre - Wikipédia:

COOPERAÇÃO NA REDE
Como cooperar ou interagir na rede??????????? 
São vários os aspectos que potencializam o uso de softwares na educação como:
CHAT: conversação, bate-papo
WIKI: a facilidade de acesso, a possibilidade de construir hipertextos de forma conjunta.
FÓRUM: constante interatividade e oportunidade de diálogos (chat), a possibilidade de discutir assuntos pertinentes. 
BLOG: possibilidade de compartilhar com colegas e professores assuntos importantes para a formação de determinado conhecimento.
YOU TUBE: compartilhamento de vídeos


Saiba mais sobre o Google Docs Acesse o link => http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod85411/flash/158_163.pdf


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